Complexidade e Empresas
- Humberto Mariotti e Káritas Ribas
- 3 de nov. de 2014
- 2 min de leitura
A complexidade sempre existiu e com ela as suas manifestações. O que mudou foi a percepção de três de seus principais aspectos interligados e interativos:
(1) a diversidade, (2) a multiplicidade e (3) a amplitude.
Eles podem ser representados como um triângulo, que por sua vez está ligado a mais três:
(a) o triângulo economia-política-sociedade,
(b) o triângulo curto prazo-médio prazo-longo prazo e
(c) o triângulo contexto local - contexto regional - contexto global.
O reconhecimento de que todos esses fatores estão sempre presentes e são interligados (e portanto interativos), fez com que as manifestações da complexidade na sociedade e nas organizações se tornassem mais claras. É claro que essa percepção aumentada se deve aos progressos da ciência e da tecnologia, em especial dos meios de comunicação.
Ainda assim, no plano individual a capacidade de perceber e entender essas manifestações com suficiente profundidade não tem aumentado na mesma proporção. Essa constatação tem sido feita por vários autores e em várias áreas. No âmbito dos negócios, por exemplo, David Snowden e Mary Boone1 observam que a complexidade é muito mais comum do que a maioria dos líderes imaginam.
Em nosso cotidiano laboral o foco na tarefa e no resultado muitas vezes nos impedem de olhar as relações que se estabelecem e principalmente de integrar os saberes, desfragmentando assim não somente nosso olhar, mas nossa compreensão das necessidades e das dores que nem sempre são verbalmente expressadas.
O excesso de informações, de reuniões e de projetos, na maioria das vezes estão relacionados à confusão que ocorre da utilização de um pensamento pouco abrangente em relação à complexidade das organizações, multiplicando tarefas, gerando retrabalho e estresse. As interdependências são comumente ignoradas e inevitavelmente a experiência corporativa perde o sentido.
É preciso fomentar pensamentos inovadores que gerem mudanças significativas nas culturas organizacionais, pois somente assim será possível melhorar a qualidade no trabalho, aumentando o bem-estar nas relações, bem como possibilitando a sustentabilidade.
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