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Precisamos de Tempo

  • Káritas Ribas
  • 7 de jun. de 2013
  • 2 min de leitura

Com o intuito de ter pessoas mais motivadas e comprometidas com seus objetivos, as empresas têm investido cada vez mais no treinamento de seus colaboradores. Há diversos tipos de treinamentos disponíveis, mas é importante escolher o mais adequado ao perfil da empresa, para evitar o desperdício de tempo e dinheiro. Recebemos muitos pedidos de empresas que querem um treinamento em Liderança, Comunicação e Resiliência e dispõe quatro horas, por exemplo. Essas solicitações são comuns, possivelmente sustentadas por uma crença de que treinamentos sempre geram resultados efetivos. Isto pode ser um equívoco. As ciências que estudam o cérebro, a cognição e a aprendizagem, mostram que é biologicamente impossível desenvolver competências em poucas horas de treinamento. Podemos citar, por exemplo as pesquisas em aprendizagem e memória do Dr. Eric Kandel, Premio Nobel de Medicina/Fisiologia em 2000. Apesar das regras biológicas do aprendizado já serem conhecidas há décadas, alimentamos o mito da eficácia dos treinamentos relâmpago. Talvez uma saída para esse impasse seja repensarmos o paradigma atual. Ao invés de conceder aos nossos colaboradores dezenas de pequenos treinamentos anuais, podemos escolher programas de treinamento desenhados a partir da visão da continuidade, que estejam em sintonia com os valores e a missão da empresa, desta forma, as chances de ocorrerem mudanças comportamentais e relacionais efetivas podem ser animadoras e compensar o investimento. O comportamento é fruto da interação entre os estímulos ambientais e o organismo que gera respostas. Para alterar o organismo é necessário que haja uma aprendizagem verdadeira. A aprendizagem é, de maneira sintética, a forma como os seres vivos adquirem capacidades para novas ações, desenvolvem competências e escolhem mudar seu comportamento. Logo, é qualquer mudança relativamente permanente no comportamento, resultante de uma experiência ou prática de significado relevante para o indivíduo, gerando uma nova forma de agir. As novas tecnologias que investigam o cérebro humano geraram alguns avanços em sua compreensão e, consequentemente, da forma como aprendemos. A aprendizagem se dá por meio da repetição, da recursividade ou com a ajuda da emoção. Basta lembrar que o que sabemos hoje é devido à nossa dedicação em uma atividade específica, e de momentos vivenciados com significado e emoção. Os pesquisadores do cérebro e da aprendizagem afirmam em uníssono que apesar da enorme capacidade de adaptação cerebral, reestruturações comportamentais sólidas e aprendizagem efetivas demandam tempo. Informação, instrução, envolvimento genuíno, educação e ainda aprendizagem duradoura é o que se espera de um treinamento. Tudo isso precisa de tempo para ser assimilado pelo nosso cérebro. Por isso, é necessário trazer à tona uma nova lente sobre a real eficácia dos treinamentos rápidos.

 
 
 

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