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Maturidade e Valores Humanos

  • Káritas Ribas
  • 17 de mai. de 2013
  • 2 min de leitura

Algumas teorias tentam entender os aspectos da liderança, e pouquíssimas se aventuram no terreno movediço que traça paralelos entre maturidade e valores humanos com o exercício da liderança autêntica e genuína. Talvez não seja demasiado afirmar que, em algumas ocasiões, seja a postura do líder frente a essas questões o combustível que alimenta a chama da admiração deste por seus liderados. Todavia, tais temas são profundos e desafiadores. Falar sobre valores humanos pressupõe uma investigação densa, e muitas vezes corajosa, dos aspectos relacionados ao sentido que concedemos à nossa existência, quer seja no âmbito da individualidade ou da intersubjetividade, da vida em sociedade, compartilhada, comungada nas comunidades. Tal sentido é singular, único, individual, personalíssimo e tem sintonia com a vida escolhida, a vida pensada, livremente deliberada, o que, convenhamos, nem sempre é fácil. Para que possamos compreender o alcance dos valores humanos, é prudente que nos perguntemos se temos clareza de quais são os aspectos de nossa vida que nos motivam e que nos impulsionam. O que, de fato, concede sentido para nossas vidas? Conseguimos conceituar com clareza nossos valores? Somos capazes de hierarquizá-los? Precisamos valorar todas as virtudes socialmente aceitas e impostas ou devemos selecioná-las, adequando-as aos nossos critérios de bem viver? Temos clareza de todos os nossos valores no momento das tomadas de decisão sob pressão? Já tivemos a chance de perguntar isso a centenas, talvez milhares de pessoas, e a resposta, na maioria das vezes, é evasiva e permeada por olhares de perplexidade que denotam total falta de familiaridade com essas questões. Acreditamos que o que chamamos de maturidade seja dependente da qualidade e da boa elaboração dessas respostas. Falar sobre maturidade é imprescindível quando tratamos do tema liderança. Colocar luz sobre essas questões pode ajudar o líder a solidificar seus pontos de vista, ajudando-o a desenvolver uma linha argumentativa mais sólida, muitas vezes necessária no exercício da liderança e, quem sabe, imprescindível quando este almejar transformar grupos em equipes sólidas e com um senso de alteridade. Afirmamos, todavia, que a competência nesses quesitos não pode ser atingida em um treinamento corporativo de poucas horas, pois a filosofia vem se debruçando sobre este assunto há quase três mil anos, e, existe a necessidade da reflexão circular, ou seja, que haja um retorno ao tema, um aprofundamento elaborativo, uma re-visita constante. É essa circularidade que possibilita a formação do indivíduo e consequentemente do líder. Para isso é necessário que se crie um contexto e um ambiente seguros, onde haja contato com novas experiências e informações que possam possibilita-lo construir seu conhecimento a partir de novos paradigmas, ampliando seu campo de visão e com isso sua atuação.

 
 
 

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